quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Teclado para Iphone

O site ThinkGeek oferece uma opção para quem quer acoplar um teclado ao iPhone. O acessório se chama TK-421 e é um suporte flip com teclado QWERTY integrado que transforma o smartphone da Apple numa espécie de Blackberry estilizado.

O case funciona via tecnologia bluetooth e é compatível para envio de emails, navegação em browser, atualização de calendários e editores de texto.

O site informa que as quantidades são limitadas. O acessório estará disponível em meados de novembro para as versões 3GS e iPhone 4 pelo valor de US$ 49,99.

Teclado para Iphone

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Conheça um dos "guardiões" da chave que reinicia a web em caso de ataque

UOL Tecnologia - 21/09/2010 - [ gif ]

Autor: Bruno do Amaral
Assunto: Segurança

Imagine um ataque aos Estados Unidos, que danifique os servidores vitais à segurança da internet. Um hacker então aproveita essa vulnerabilidade e começa a redirecionar endereços para sites maliciosos, provocando o caos em escala global e obrigando sete profissionais selecionados a utilizar smartcards que, juntos, fornecem uma senha para reiniciar a rede. Parece um cenário catastrófico demais para se tornar realidade?

Especialistas em segurança na web acham que não. Tanto que, no final de julho, foi apresentado ao mundo pela Icann (sigla em inglês para "Corporação para Atribuição de Nomes e Números na Internet") um comitê de sete “guardiões” de smartcards especiais – eles são semelhantes a um cartão de crédito comum, daqueles com chip. É preciso reunir ao menos cinco desses guardiões em um banco de dados nos EUA, para obter uma senha e reiniciar o protocolo de segurança DNS ("Sistemas de Nomes de Domínio"). O DNS permite que a rede tenha endereços de site legítimos, impedindo assim que um internauta seja levado a um site fraudulento quando digitar o endereço de seu banco, por exemplo.

Entre os sete guardiões está Ondrej Surý, da República Tcheca. Responsável por um dos cartões de segurança, ele é gerente de pesquisas e desenvolvimento em DNS, além de voluntário da Anistia Internacional em Praga (confira abaixo a entrevista com Surý). Os outros seis membros de diversas nacionalidades são Bevil Wooding (Trinidad e Tobago), Dan Kaminsky (Estados Unidos), Jiankang Yao (China), Moussa Guebre (Burkina Fasso), Norm Ritchie (Canadá) e Paul Kane (Inglaterra).

Além deles, outras 14 pessoas fazem parte de um grupo dos representantes de confiança da comunidade (TCR, na sigla em inglês) da Icann.

Senha
No caso de um desastre, Surý e os demais membros teriam de se encontrar em um banco de dados nos EUA, onde estão os módulos de segurança de hardware (HSM, na sigla em inglês). Juntos, seus cartões formariam uma senha para utilizar um desses equipamentos, dando assim início ao processo de recuperação do protocolo da internet.

“Para ter redundância, a Icann tem duas instalações em cada lado dos Estados Unidos”, diz Frederico Neves, coordenador técnico do Registro.br, organização que cuida do registros de domínios para a internet no Brasil. Ele também participa do TCR, mas como Oficial de Criptografia da Instalação da costa leste norte-americana. “Estamos lá para assegurar à comunidade que tudo seja feito de acordo com os procedimentos nessas cerimônias de controle de chaves de segurança. A maior parte do trabalho é documentar, auditar e ter um nível de garantia de que tudo está de acordo com as regras”, explica.

Apesar de ser uma posição de confiança, os membros são todos voluntários – até mesmo as passagens para as cerimônias de troca de chaves de segurança saem dos bolsos deles. Por telefone, o especialista tcheco conversou com o UOL Tecnologia e conta como é ter a segurança da internet em suas mãos.

UOL Tecnologia - Qual o seu papel nessa comunidade de representantes confiáveis da Icann?

Ondrej Surý – O DNS é um protocolo de internet, algo como as páginas amarelas [da lista telefônica]. Se você digita o nome de um website, ele o converte em um número IP [protocolo de internet], garantindo que o internauta entre em páginas autênticas, receba e-mails e realize outras atividades online. O que o DNS faz é levar o internauta a uma página real. Sem isso, um hacker poderia utilizar um endereço de IP e direcionar as pessoas para um site falso.

Esse sistema precisa ser protegido. Nós operamos a chave principal de segurança do DNS na costa oeste e leste dos Estados Unidos. No improvável caso dos dois módulos de segurança de hardware serem apagados ao mesmo tempo, ao menos cinco pessoas deveriam ir aos EUA e restaurar o backup do sistema.

UOL Tecnologia - De repente, você apareceu no mundo inteiro em notícias sobre as "sete chaves da internet no apocalipse". O que pensou sobre isso?

Surý – É um papel importante, mas não tanto quanto foi colocado pelos artigos ingleses. Para que sejamos acionados, é preciso que as duas unidades nos extremos dos EUA sejam avariadas e deletadas. E eu teria de ir até lá para utilizar minha chave, fazendo o backup do backup. É algo tão improvável que eu não acho que vá acontecer algum dia.

Mas é importante ter essa garantia de segurança. Além disso, os artigos falavam sobre "instalações secretas", mas não são! Ambas têm endereços públicos, embora sejam de alta segurança. E isso é importante: tanto que uma pessoa não pode abrir os códigos sozinha.

UOL Tecnologia - Por que a Icann escolheu você?

Surý – Eu acho que foi porque trabalho com segurança de DNS há algum tempo. Mesmo antes desse processo todo, já estava envolvidos com o assunto. É como se fosse um gesto de gratidão: já fizemos muito para manter o protocolo seguro. Além disso, eles precisavam melhorar alguns fatores e é necessário um nível de conhecimento para saber sobre todos os procedimentos.

UOL Tecnologia – O que acontece se você perder este smartcard?

Surý – Seria complicado. Tecnicamente, há mais seis cartões e você precisa de apenas cinco. Mas eu ficaria tão envergonhado que isso me deixaria triste pelo resto da vida.

UOL Tecnologia - Mesmo sendo improvável, se acontecer um ataque o que seria preciso fazer?

Surý – Precisamos estar fisicamente juntos e ler o smartcard nos Estados Unidos, porque a chave funciona direto no módulo de segurança de hardware. Nós o usaríamos para restaurar o backup da chave mestra. Para isso, temos de estar no prédio.

UOL Tecnologia - E se não funcionar?

Surý – Aí vira caso de emergência, o que seria ruim. Mas há 90 dias para restaurar a chave. É bastante tempo para testes, são três meses para assegurar uma nova operação e tomar alguma ação.

UOL Tecnologia - Você acha que algum dia vai precisar usar a chave?

Surý – Não, eu espero não ter de usar, seria muito ruim. Porque algo de errado teria de acontecer com as duas costas dos Estados Unidos ao mesmo tempo e isso acabaria envolvendo a segurança do mundo inteiro.

Uma proposta para legalizar o download de músicas, filmes e livros no Brasil.

ARede - 10/09/2010 - [ gif ]

Assunto: Pesquisa TIC

O que você acha de pagar uma taxa de até R$ 3,00 a mais por mês, além do preço de sua conexão de banda larga, para ter direito de baixar qualquer obra – música, livro, filme – pela internet? Esta proposta foi feita por três principais centros universitários de estudos de direitos autorais no Brasil -- Núcleo de Estudos e Pesquisa em Direitos Autorais e Culturais/NEDAC, UFRJ; Grupo de Pesquisa em Políticas Públicas para o Acesso à Informação/GPOPAI, USP; Centro de Tecnologia e Sociedade/CTS, FGV Direito Rio -- na consulta pública da revisão da Lei de Direitos Autorais.

Trata-se de criar uma licença pública para as obras na internet, pela qual os detentores dos direitos autorizam seu acesso para uso pessoal e são remunerados por uma taxa pequena e paga por milhões de pessoas. O objetivo, de acordo com Pablo Ortellado, do GPOPAI, é legalizar o compartilhamento de obras pela internet e, ao mesmo tempo, permitir a remuneração dos autores.

Pelo número de acessos de banda larga em operação hoje no Brasil (cerca de 12,8 milhões de acessos fixos e 13,7 de móveis), a arrecadação seria de R$ 954 milhões por ano. Mas R$ 3,00 é o valor máximo previsto na proposta, que estima em R$ 440 milhões a arrecadação anual. Para comparar, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), que recolhe direitos autorais somente de música, arrecadou R$ 374,25 milhões em 2009. Os recursos seriam gerenciados por uma associação de gestão coletiva, a ser criada, e repartidos entre criadores (50% do dinheiro iria para pessoas físicas), um fundo para fomento à diversidade cultural (que receberia 20%) e empresas.

A proposta pretende ser uma alternativa ao modo como o compartilhamento de obras protegidas por direitos autorais vem sendo tratado: com medidas de criminalização, primeiro processando os usuários que baixam arquivos, depois propondo leis para vigiar sua atividade na internet e desconectá-los. Além de encontrar uma solução para permitir o acesso aos bens culturais e remunerar os autores, o grupo pretende, com isso, suscitar o debate sobre a legalização do P2P. De acordo com uma pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil, realizada em 2009 e divulgada em 2010, 39% dos internautas brasileiros fazem dowloads de músicas, filmes e software, o que coloca 28 milhões de pessoas, potencialmente, na ilegalidade. Se adotar uma legislação como essa, o Brasil será o primeiro país no mundo a fazê-lo.