sábado, 26 de junho de 2010

Dicas de Segurança

Dicas



Principais dicas para ajudar o usuário a receber menos spam, preservar sua privacidade e

evitar que códigos maliciosos sejam instalados em seu computador:

Preserve sua privacidade
  • Seja criterioso ao informar seus endereços de e-mail em cadastros,
sites de relacionamentos etc.
  • Tenha e-mails diferentes para uso pessoal, trabalho, compras on-line
e cadastros em sites em geral
  • Evite utilizar e-mails simples, como aqueles formados apenas pelo primeiro nome.
  • Leia com atenção os formulários e cadastros on-line, evitando preencher ou concordar,
inadvertidamente, com as opções para recebimento de e-mails de divulgação do site e de seus parceiros.
  • Não forneça dados pessoais, documentos e senhas por e-mail ou via formulários on-line.
  • Verifique a política de privacidade dos sites, onde pretende registrar seus dados.
Mantenha-se informado
  • Conhecer os tipos de spam ajuda a reconhecer e-mails suspeitos e, eventualmente,
não detectados pelos softwares anti-spam.
  • Acompanhar as notícias e alertas sobre os golpes e fraudes, reduz
o risco de ser enganado e/ou prejudicado financeiramente por e-mails desse gênero.
  • Procurar informações sobre fatos recebidos por e-mail, antes de repassá-los, contribui
para a redução do volume de mensagens de correntes, boatos e lendas urbanas, enviadas repetidas vezes na rede.
  • Procurar informações no site das empresas, ao receber e-mails sobre prêmios e promoções,
reduz o risco de ser enganado em golpes propagados por e-mail.

Proteja-se
  • Utilize softwares de proteção (antivírus, anti-spam, anti-spyware e firewall pessoal)
nos computadores de uso doméstico e corporativo, mantendo-os com as versões, assinaturas
e configurações atualizadas.
  • Não seja um "clicador compulsivo". Não execute arquivos anexados em
e-mails sem examiná-los previamente com antivírus, bem como, não clique em URLs incluídas em e-mails.
  • Procure informações sobre os recursos técnicos do seu software anti-spam.
Configure as listas negras e listas brancas. Monitore a quarentena, se for o caso.

Fique alerta
  • Observe eventuais comportamentos anômalos de computadores que utiliza.
  • Em casos de contaminação por vírus ou outro código malicioso, reinstale
totalmente o sistema operacional e os aplicativos, evitando restaurar backups antigos.

Boa Práticas de Segurança

Como não se tornar um spammer

Muitas pessoas, mesmo sem perceber, em algum momento já enviaram uma corrente da sorte, uma lenda urbana ou algo parecido. Para não se tornar um spammer, mesmo entre amigos, é importante respeitar as seguintes dicas:

  • Siga as normas da etiqueta (Netiqueta). É recomendado, por exemplo, sempre preencher o campo do assunto com uma descrição significativa do conteúdo do e-mail. Dessa forma, o destinatário terá a opção de não abri-lo, caso não seja de seu interesse.

  • Procure informações a respeito dos diversos e-mails que receber. Muitos usuários, por desconhecimento, reiniciam a propagação de lendas urbanas ou boatos.

  • Antes de enviar um e-mail, reflita se o conteúdo será útil ou de interesse do grupo para o qual pretende remetê-lo.

  • Procure refletir antes de repassar e-mails suspeitos, tais como: boatos, lendas urbanas e até mesmo, golpes. Na dúvida, não envie.

  • Respeite o propósito e o formato das listas de discussão e demais fóruns na rede.

  • Não use listas de mala direta ou particulares de amigos de terceiros para enviar propaganda ou quaisquer divulgações pessoais.

  • Se decidir fazer marketing de sua empresa ou negócios na Internet, informe-se antes sobre as melhores práticas para este fim.

Como fazer marketing por e-mail, sem fazer spam

Fazer marketing pela Internet sem provocar spam, requer o uso de boas práticas. A seguir, algumas das quais podem evitar a propagação de e-mails não solicitados.

  • Enviar e-mails somente para os clientes que optaram pelo cadastro na lista de divulgação de seus produtos e/ou serviços. Tal cadastro pode ter sido feito por telefone, na hora do primeiro contato comercial ou por formulário disponível no site da empresa na Internet.

  • Não usar listas de divulgação de terceiros, nem comprá-las de fornecedores de mala direta.

  • Não reutilizar listas de divulgação, ou seja, não enviar informações de determinado serviço aos clientes cadastrados na lista de divulgação de outro serviço, ainda que sejam da mesma empresa.

  • Respeitar as opções do cliente no preenchimento de formulários de cadastramento em listas de divulgação, por escrito ou on-line.

  • Respeitar as solicitações de descadastramento de suas listas.

  • Não iniciar o primeiro contato com o cliente por e-mail, ou seja, o envio do primeiro e-mail, sem prévia autorização do cliente, caracteriza a prática de spam.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

O futuro dos ferros de passar roupas são as telas OLED sensíveis ao toque

As telas sensíveis ao toque já se tornaram padrão para uma grande variedade de aparelhos, sejam eles monitores, smartphones e video games portáteis de última geração. Além de dispensar teclas e liberar mais espaço para exibir imagens, a tecnologia proporciona uma experiência de uso mais intuitiva, ideal para quem não tem desenvoltura com o mundo da informática.

O uso do touchscreen já se tornou tão popular que passa a invadir espaços domésticos, seja em geladeiras de última geração ou até mesmo como forma de controlar os itens de uma dispensa. Até mesmo a área de serviço vai passar a contar com telas OLED sensíveis ao toque – ao menos se depender do designer Adam Wendel.

Pensando na dificuldade que muitos têm na hora de passar roupas e deixar camisetas e calças bem alinhadas, o designer desenvolveu o conceito de um ferro de passar futurista, que conta com tecnologias de última geração para oferecer uma experiência totalmente diferente.

A primeira diferença fica no visual do aparelho, que se parece muito mais com um mouse gigante do que um ferro de passar roupas tradicionais. O Infinity Iron, como é chamado, possui duas placas metálicas unidas por uma esfera móvel, que serve como o reservatório de água do dispositivo.

Ao eliminar a alça dos ferros tradicionais, o Infinity Iron dá mais liberdade de movimentos à pessoa que o usar, reduzindo o estresse provocado no pulso. A amplitude da placa superior aliada à borda de borracha permite segurar o ferro com mais segurança, evita cansaço e acidentes com queimaduras, além de tornar o dispositivo ideal para quem sofre de doenças como artrite.

O destaque fica por conta da placa superior, onde está localizada uma pequena tela OLED sensível ao toque, na qual o usuário ajusta a temperatura desejada e o tipo de tecido de cada peça. O dispositivo possui uma tecnologia que evita acidentes, aquecendo o ferro somente quando há contato do usuário e cessando o funcionamento quando há risco de incêndio.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Aprenda a 'calar' as vuvuzelas em transmissões de jogos da Copa

vuvuzelaVuvuzelas, onipresentes durante a Copa da África
do Sul. (Foto: Jornal da Globo / TV Globo)

Se você se incomoda com o som das tão faladas vuvuzelas, as cornetas que os torcedores tocam o tempo todo durante as transmissões dos jogos de futebol da Copa do Mundo da África do Sul, saiba que existem soluções técnicas para reduzir o ruído delas e garantir mais conforto auditivo.

O responsável por essa façanha é o equalizador, equipamento que divide o áudio em faixas de frequência que podem ser manipuladas, garantindo, assim, uma melhor reprodução do som de acordo com tipo de música ou evento que está sendo transmitido.

Existem discussões na internet sobre soluções via hardware e software para amenizar a tortura aos ouvidos. Nem todas, no entanto, funcionam perfeitamente. Veja algumas opções para se livrar do som das cornetas na TV e ver os jogos da Copa em paz.

Paliativo
Se sua TV vem com equalizador embutido, temos uma boa e uma má notícia: a boa é que, com um ajuste simples, você pode reduzir o som das vuvuzelas. A má é que, diferentemente do que circula pela internet, esse acerto não só não elimina em 100% o som das cornetas como também acaba distorcendo o áudio da transmissão, incluindo a narração e os sons dos jogadores no campo.

Equalizador na TVEqualizador na TV: corte na frequência de 300Hz altera som das vuvuzelas. (Foto: Reprodução)

Para anular o som das vuvuzelas, é necessário eliminar a frequência sonora equivalente ao som da corneta. Cada som produz uma onda sonora, que vibra em uma determinada frequência. O barulho da vuvuzela produz uma onda de 235 Hertz, ou seja: a cada segundo, a onda sonora criada pela corneta vibra 235 vezes.

Além da frequência original, é preciso também "apagar" as harmônicas, ondas que vibram, por exemplo, numa frequência duas ou três vezes maior que o som inicial. As harmônicas da vuvuzela são, aproximadamente, 466 Hz, 932Hz e 1862Hz.

Nas TVs com configuração de equalizador, o mais próximo que se tem é o ajuste de 300 Hz. A aproximação não é suficiente para acabar com o som das vuvuzelas, e ainda atrapalha na reprodução de outros sons.

Se sua TV não possuir o recurso, também é possível ligar a saída de áudio em um aparelho de som com equalizador para, da mesma forma, reduzir as tais frequências.

Esquema TV Equalizador SomÁudio da TV, no PC (Foto: Reprodução)

Computador funciona melhor
Para eliminar de verdade a frequência e as harmônicas da vuvuzela, a melhor solução é ligar o sinal da sua televisão a um computador. Dá trabalho, mas diferentemente do ajuste do equalizador da televisão, a técnica oferece resultados melhores.

Os sistemas também funcionam para quem utiliza um sintonizador digital para assistir TV no próprio computador.

É necessário baixar alguns programas, todos gratuitos, e fazer algumas configurações para se livrar do barulho da corneta. Confira, passo a passo, o que fazer:

No Windows

Baixe e execute o VSThost. Depois, baixe o plug-in ReaQ ou o Electri-Q, é possível utilizar qualquer um dos dois. Faça a instalação do plugin.

No VSThost, pressione Ctrl+N e escolha o equalizador do passo anterior ("reaeq-standalone.dll" ou "Electri-Q.dll"). A configuração deve ficar como na imagem abaixo:

Filtro para vuvuzelas Windows 01Configuração do VSThost. (Foto: Reprodução)

Configure o equalizador para diminuir as frequêcias de 235 Hz, 465 Hz, 930 Hz e 1860 Hz. Para isso, clique no símbolo de edição (conforme a seta vermelha na imagem abaixo):

Filtro para vuvuzelas Windows 02Filtro para vuvuzelas. (Foto: Reprodução)

Os valores das bandas de frequências "cortadas" são conservadores, e você pode alterá-los depois se achar necessário, ao escutar os resultados.

Se não quiser configurar manualmente o equalizador, use o plug-in Electri-Q, baixe e descompacte os valores predefinidos do Hendrick. Clique no símbolo de edição do plug-in e, então, dê um clique com o botão direito em Presets, escolha Import Preset e selecione o arquivo.

Depois, configure as portas de entrada e saída de áudio no VSTHost, clicando em Devices e escolha os dispositivos de saída ou execução de som do seu PC.

Pronto. Agora é só curtir o futebol sem o barulho da corneta africana.

No Mac OS X
Instale o Soundflower, extensão do sistem Mac OS X que permite aos aplicativos passarem o áudio para outros programas. Baixe o arquivo, abra e sigas as intruções do instalador.

Depois, mude a entrada e saída padrão de som para o “Soundflower (2ch)”.

Filtro para vuvuzelas Mac 01Preferências de saída de áudio no Mac OS X. (Foto: Reprodução)
Filtro para vuvuzelas Mac 02Preferências de entrada de áudio no MacC OS X. (Foto: Reprodução)

Você não vai ouvir nenhum som por enquanto porque a saída for redirecionada para o Soundflower. Depois, baixe o filtro "VuvuzelaFilter".

Filtro para vuvuzelas Mac 03Filtro Vuvuzelas para Mac. (Foto: Reprodução)

Abra o "VuvuzelaFilter.app" e certifique-se de que o dispositvo de entrada de áudio está configurada como “Soundflower (2ch)” e o de saída “Built-In Output”.

Marque o filtro "Filter Vuvuzelas” para habilitá-lo. Fácil assim. Você e seu Mac já estarão livres do "bzzzzzzzzzzz" incessante. Depois, lembre-se de retirar o filtro para ouvir música e ver vídeos, já que o sistema pode provocar distorções.

No Linux Fedora
Uma solução ainda mais sólida, mas só para os mais experientes "aventureiros" no universo Linux. Lembre-se: esses comandos não funcionam em Debian.

Instale o software necessário, no caso o Jack Audio Connection Kit, utilizando o seguinte comando no shell:

yum install jack-rack qjackctl pulseaudio-module-jack ladspa-swh-plugins
gpasswd -a USUÁRIO jackuser

Os comandos devem ser rodados como root e "USUÁRIO" deve ser trocado pelo nome do seu usuário. Seu login também deve ser associado ao grupo jackuser.

Depois, deve-se dar um logoff para alterações entrarem em vigor.

Agora rode o QJackctl a partir do menu Applications (Aplicativos) e comece a configurar o programa. A tela abaixo mostra os parâmetros corretos.

Filtro para vuvuzelas Linux 01Filtro para vuvuzelas no Linux. (Foto: Reprodução)

Após as mudanças, você pode iniciar o processo clicando em “Start” na janela do QJackctl.

Agora rode o Jack-Rack a partir do menu Aplicativos. Veja como foram associadas as entradas de áudio do sistema com o software:

Filtro para vuvuzelas Linux 02Filtro para vuvuzelas no Linux. (Foto: Reprodução)

E, finalmente, adicione os filtro ao Jack-Rack. Foi usada uma configuração em série de quatro “Mag’s Notch Filter”. É possível adicioná-los clicando no sinal de “+” no canto superior esquedo da janela do programa. Depois, vá em Frequency -> Filters -> Notch -> Mag’s Notch Filter.

As frequências são 233, 466, 932 and 1864 Hz.

Agora você precisa conectar a saída de som da sua TV ou receptor à entrada de áudio do computador e, então, conectar a saída de áudio do PC a um aplificador ou fone de ouvido.

Alternativamente, é possível fazer a configuração através de linha de comando. Fica assim:

mplayer -af

pan=1:0.5:0.5,sinesuppress=233:0.01,sinesuppress=466:0.01,sinesuppress=932:0.01,

sinesuppress=1864:0.01,sinesuppress=232:0.01,sinesuppress=465:0.01,sinesuppress=931:0.01,

sinesuppress=1863:0.01,sinesuppress=234:0.01,sinesuppress=467:0.01,sinesuppress=933:0.01,sinesuppress=1865:0.01

Se achar configurações ou soluções melhores para acabar com o barulho das cornetas, deixe sua dica nos comentários!

Processador: desvendando o mistério do clock e da velocidade real

O processador é o componente do computador que mais influencia no desempenho, detalhe que sempre deixa o consumidor em dúvida na hora de adquirir um novo CPU. Há diversos fatores que determinam e fazem um CPU ser mais rápido que outro: dentre tantos, estão o clock, a memória cache e outros.

Para compreender melhor o desempenho dos processadores, o Baixaki elaborou um artigo que define alguns detalhes do processador e leva você a aprender como deve ser efetuada a comparação entre diferentes modelos. Neste texto abordamos a definição de clock e fizemos um guia completo para ensinar você como comparar os processadores.

Vale salientar que em nosso artigo abordamos explicações mais genéricas, voltadas para o público iniciante no mundo do hardware, portanto algumas definições podem parecer incompletas ou muito básicas.

Meu processador é mais rápido que o seu

Se você sempre imaginou que o clock é a velocidade do processador, você realmente estava certo. Contudo, no mundo da informática, uma velocidade não está diretamente relacionada com o aspecto “o mais rápido”. Para explicar exatamente a definição de clock, fizemos uma comparação um tanto quanto boba, contudo ideal para entendimento de todos.

Velocidade real é muito mais do que o clock

Quem vai comprar um carro geralmente fica atento a todos os detalhes, incluindo: a potência (determinada em CV ou HP), as cilindradas, a velocidade máxima, o rendimento do combustível e outros tantos aspectos.

Quanto aos processadores, também devemos analisar alguns fatores antes de fazer uma compra, por exemplo: a velocidade (clock), a quantidade de núcleos, a memória cache, o BUS, as instruções, a tecnologia de construção e muitos outros.

Experientes em mecânica devem saber que a velocidade máxima não quer dizer muita coisa, visto que um carro econômico (1.0) pode sim atingir 140 Km/h, mas não significa que ele consiga atingir a mesma velocidade no tempo em que um carro esportivo (2.0) conseguiria. Evidentemente não é possível dizer que o “2.0” consegue efetivamente o dobro da velocidade ou o dobro da potência, pois muitos fatores determinam o real desempenho de um carro.

Tão complicado de entender e escolher como um carro

No mundo da informática é parecido, pois um processador simples (dotado de um núcleo) que trabalha a 2,0 GHz não consegue ser tão rápido quanto um CPU de núcleo duplo que opere no mesmo clock. Entretanto, ter um processador com dois núcleos também não significa o dobro da velocidade.

Enfim, o que é o clock?

Se a explicação acima não foi suficiente para você compreender o real sentido do clock do processador, vamos explicar de outra forma. O clock nada mais é do que a frequência com que o processador consegue executar as tarefas. Ou seja, quanto maior a frequência (o clock), menor será o tempo de execução e, portanto, mais rápido será o processador.

Clock? O que é isso?

Claro que o clock está diretamente relacionado à velocidade, mas como exemplificamos nos parágrafos anteriores, o clock (frequência) não é o principal determinante da velocidade. Enfim, agora que você já tem uma boa noção do que é o clock, vamos falar sobre os núcleos e outros detalhes que podem (ou não) modificar a real velocidade.

Núcleos não são tudo

Obviamente, processadores com dois núcleos tendem a ser mais velozes do que os antigos CPUs de núcleo único. Assim, o mesmo exemplo pode ser aplicado aos processadores de quatro núcleos, quando comparados aos de núcleo duplo. No entanto, atualmente surgiram diversas análises que compravam justamente que os núcleos não são tudo.

Como? Oras, lembra-se da citação de que a frequência do clock não quer dizer exatamente maior velocidade? Isso também é válido para os núcleos, sendo que um número maior deles nem sempre significa um desempenho superior. Para comparar, podemos exemplificar com o Intel Core 2 Quad Q6600, que apesar de contar com quatro núcleos perde em desempenho (em diversos testes realizados) para um Intel Core 2 Duo E8400.

Tudo bem que o E8400 tem clock de 3,0 GHz enquanto que o Q6600 trabalha com frequência de 2,4 GHz. Contudo, não é só esse exemplo que mostra a diferença entre núcleos. Ocorrem também situações em que o clock e a tecnologia interna fazem toda a diferença, como é o caso dos novíssimos Core i5 e i7 de quatro núcleos, que mostram superioridade aos antigos Core 2 Quad.

Pequenas diferenças entre fabricantes

Para mostrar como realmente o clock não determina velocidade, podemos lembrar-nos dos antigos Intel Pentium 4 e AMD Athlon XP. Na época em que esses processadores eram comercializados, muita gente ficava com um pé atrás antes de adquirir um AMD. Por quê? Simples, porque os CPUs da AMD tinham um clock inferior e com isso davam a impressão de serem mais lentos.

Todavia, os entendidos no assunto sabiam que mesmo um AMD Athlon XP 2600+ rodando a 1,9 GHz conseguia desempenho semelhante ao Intel Pentium 4 de 2,6 GHz. Como? Tudo está relacionado à arquitetura interna dos processadores, fator que sempre manteve a tecnologia AMD totalmente diferente da utilizada nos processadores Intel.

Arquitetura? Sim, o modo como os processadores são “construídos” e programados altera completamente a velocidade e capacidade de processar dados e realizar cálculos. Dessa forma, um CPU Intel pode guardar alguns dados (na memória cache) antes de processá-los, enquanto que um AMD pode realizar o inverso (não que isso realmente ocorra).

Especificações e arquitetura mudam completamente

Memória cache

Um dos aspectos que progrediu junto com o aumento do clock e da quantidade de núcleos foi justamente a quantidade de memória cache — a memória interna utilizada para auxiliar no armazenamento de dados que serão processados. Talvez você não faça nem ideia de como os processadores usam esse recurso, porém é importante saber que a quantidade de memória também influencia na velocidade real do processador.

Os atuais processadores inclusive possuem diferentes níveis de memória cache — os tais L1, L2 e L3. Há CPUs que usam memória cache compartilhada, enquanto que outros possuem níveis dedicados. Os mais recentes processadores chegam a contar com mais de 10 MB de memória cachê, precisamente pelo fato de fazer diferença no processamento.

Como comparar?

Como você já percebeu, há diversas formas de comparar processadores. Se você está curioso para descobrir um pouco da real velocidade do seu processador, há algumas dicas que podem ser úteis:

1) Verifique no site oficial as especificações (incluindo o clock original) do seu CPU;

2) Baixe, instale e rode o CPU-Z (ou o Everest) para verificar as velocidades atuais de funcionamento do seu processador;

3) Execute programas de Benchmark (como o PCMark) e compare resultados na internet;

4) Efetue o teste de desempenho do Windows 7 ou Vista;

5) Converse com colegas que tenham outros modelos e compare suas experiências.

Qual comprar?

Caso você esteja pensando em adquirir um novo processador, já deve ter notado que vai precisar pesquisar muito para encontrar um CPU que atenda suas necessidades.

Escolha o seu

Por isso, a lista abaixo deve ajudá-lo a escolher um processador ideal:

1º) Saiba a marca que vai comprar;

  • Dica 1: atualmente a Intel possui os processadores mais rápidos;
  • Dica 2: os processadores mais baratos são da AMD, mesmo os de alto desempenho;

2º) Defina suas prioridades;

  • Dica 1: para atividades de escritório, compre o mais barato;
  • Dica 2: para multimídia, escolha um processador intermediário;
  • Dica 3: para jogos e programas pesados, pesquise pelos CPUs mais caros;

3º) Leia muito nos sites oficiais sobre os diversos modelos da categoria que você escolheu;

4º) Analise o tipo de memória requisitado para o processador (DDR2 ou DDR3);

  • Dica 1: processadores que usam memória DDR2 são mais baratos e os componentes requisitados (placa-mãe e memória) por eles também;

5º) Caso esteja averiguando CPUs de alto desempenho, aproveite para verificar a fonte necessária e as placas-mãe suportadas;

6º) Muitos sites na web publicam análises com gráficos comparativos: talvez alguns gráficos possam esclarecer o real desempenho do modelo que você está pensando em comprar e

7º) Pesquise preços, alguns CPUs não valem o valor exigido.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tenologia 3D

Realidade em três dimensões. Certamente você já ouviu falar sobre esse conceito. Os efeitos em terceira dimensão estão se tornando cada vez mais comuns em nosso cotidiano e, para um futuro próximo, parecem estar encaminhando para se tornar a nova febre do mundo do entretenimento.

Mas o que poucos sabem é que, embora esta tecnologia só agora tenha começado a se desenvolver, seus princípios e as primeiras experiências já têm mais de meio século. Para se ter uma ideia em 1952, nos Estados Unidos, foi exibido o primeiro filme em 3D nos cinemas. Claro, nada como é apresentado nas modernas salas de hoje em dia, mas a experiência de ter a impressão de ver as imagens saindo da tela – ainda que precária – causou furor no público.

Assim, durante toda a década outras experiências foram feitas, mas à época as prioridades eram outras. Era preciso aprimorar o som, o formato de exibição de imagem, reformar as salas de cinema e aprimorar os óculos de papel - com uma lente azul e outra vermelha – que além de ser desconfortáveis causavam dor de cabeça e enjoo em algumas pessoas.

Afinal, como é feito o 3D e por que vemos em três dimensões?


A terceira dimensão não existe, é apenas uma ilusão da sua mente. Literalmente. E isso é possível graças a um fenômeno natural chamado estereoscopia. Apesar do nome complicado trata-se apenas da projeção de duas imagens, da mesma cena, em pontos de observação ligeiramente diferentes.

Seu cérebro, automaticamente, funde as duas imagens em apenas uma e, nesse processo, obtém informações quanto à profundidade, distância, posição e tamanho dos objetos, gerando uma ilusão de visão em 3D.

Para que isso seja possível, no entanto, a captação dessas imagens não é feita de uma forma qualquer. Lembre-se que o efeito 3D é composto por duas imagens projetadas em pontos distintos. Logo, na captação, devem ser filmadas duas imagens ao mesmo tempo. Essa correção de enquadramento é feita por softwares específicos, em tempo real, que reduzem as oscilações na imagem, deixando a composição mais realista.

A câmera estereoscópica simula a visão do olho humano. Cada lente é colocada a cerca de seis centímetros uma da outra (já que essa é a distância média entre os olhos de uma pessoa). E nesse processo ainda devem ser controlados zoom, foco, abertura, enquadramento (que deve ser exatamente o mesmo) e o ângulo relativo entre elas. Não é uma tarefa fácil ou que você possa fazer na sua casa. Ou melhor, até é possível, mas é um processo bem trabalhoso.

Um truque utilizado pela indústria é filmar através de uma lente e usar um espelho para projetar uma imagem deslocada em uma segunda lente. A imagem refletida é girada e invertida antes da edição do filme. E, por se tratar de um espelho, é preciso fazer ainda as correções de cores e brilhos necessárias para que não dê a impressão de imagens distintas.

Porque o 3D é a menina dos olhos do entretenimento

Grande parte das tecnologias desenvolvidas para as áreas de entretenimento nasceram de experiências realizadas primeiramente no mundo do cinema. E o cinema, por sua vez, “brinca” de ser laboratório apenas quando se sente ameaçado. Foi assim quando a TV se desenvolveu que o cinema procurou aperfeiçoar a qualidade das projeções.

Quando a TV começou a crescer, com o home vídeo, vieram as novidades em termos de som e imagens digitais. E agora, quando ter um cinema em casa já não é mais novidade e o acesso a qualquer produto de entretenimento ficou mais fácil graças à internet, os efeitos em 3D surgem como uma salvação para a indústria.

Telas em 3D começam a chegar ao Brasil.


As explicações para isso são simples. Em primeiro lugar o 3D, por enquanto, é a arma mais eficaz para combater a pirataria. Qualquer espectador mal intencionado, com uma câmera na mão, que tentar entrar numa sala de exibição 3D para tentar filmar a tela e jogar na internet vai se dar mal. Sem os óculos especiais as imagens que compõe a projeção 3D não passam de um borrão na tela.

Com o avanço das tecnologias de home theater, é bem possível que muitas pessoas já tenham em casa salas de cinema melhor estruturadas do que muitos cinemas pequenos, com antigas estruturas. Com isso, muito se perguntam: porque pagar mais caro para ver um filme no cinema se pode ver com uma qualidade quase igual no conforto da minha casa? Nesse quesito o 3D surge com um diferencial. Afinal, por mais que exista qualidade de projeção, ainda não existe nada feito em 3D para ser exibido em home vídeo com a mesma qualidade que você encontra nas telonas.

As salas de cinema IMAX


Em termos de tecnologia 3D não há novidades nas salas de cinema IMAX. O que acontece nelas é a potencialização tanto do áudio quanto do vídeo nas melhores condições possíveis para que sua experiência seja algo realmente tridimensional.

A começar pelo tamanho da tela. Ela mede 12 metros de altura por 22 metros de largura. São 264 metros quadrados apenas de tela. Além disso, o som utilizado nessas salas chega a ter 14 mil watts de potência. Mesmo em condições normais de projeção, sem o 3D, isso já o suficiente para deixá-lo bastante impressionado.

Realismo absoluto nas cenas em terceira dimensão.


A geometria das salas também é personalizada, visando maximizar o campo de visão do espectador. A tela de uma sala IMAX é levemente côncava, o que colabora para a ampliação do campo. Por enquanto no Brasil são apenas duas salas. Uma em São Paulo e, a maior delas, em Curitiba.

Questão de tempo para outra mudança acontecer

Se a indústria cinematográfica é pioneira, por outro lado, não é a única e também está sujeita a evolução cada vez mais rápida das novas tecnologias. A maior prova disso é que, enquanto o 3D dá os primeiros passos nos cinemas brasileiros (atualmente o país conta com 67 salas de exibição nesse formato) fora da grande tela outras mídias já dão seus primeiros passos em direção a essa nova realidade.

Nesta semana o YouTube disponibilizou um dos primeiros vídeos de experimentação em 3D do site. A ideia é que os usuários, tendo em mãos um dos vários tipos de óculos que permitem a visualização de imagens em três dimensões, possam relatar o que viram e, com isso, possa ser aprimorada a experiência de exibições como essa.



Com as televisões não é diferente. No início do ano, durante a CES (Consumer Electronics Show) 2009, uma das principais feiras do segmento de eletroeletrônicos do mundo, empresas como a Sony, Panasonic, Samsung, LG e Mitsubishi mostraram alguns protótipos de TVs especiais com capacidade 3D.

Ainda não há uma data para o seu lançamento oficial, mas de acordo com a Panasonic a ideia é colocar o produto à venda já em 2010. O grande diferencial deste produto é que eles dispensam a necessidade dos óculos 3D. Embora ainda com falhas, é uma mostra que há um bom potencial de desenvolvimento nesse quesito.


A Philips também tem alguns aparelhos como esse em teste sendo comercializados para grandes corporações. Estimativas dão conta que o preço desses aparelhos, que utilizam uma tecnologia batizada de WoW vx, gira na faixa de onze mil euros.

Pequenos avanços colocados no mercado nos últimos anos estão tornando essa possibilidade mais real. Um deles é o aumento da frequência das telas de LCD, de 60 Hz para freqüências de 120 Hz e 240 Hz. Isso permite imagens em movimento mais nítidas e com menos borrões durante as transições.

Como isso é possível sem os óculos?

A grande sacada do efeito em 3D sem óculos está nas telas de cristal líquido. Quando combinadas lentes especiais (visores autoestereoscópicos) com a maior frequência de transição de imagens, o resultado é a projeção de uma imagem que é captada pelo olho humano como sendo em terceira dimensão.

Como explicamos, a projeção 3D simula a visão do olho humano e, por isso, tanto na captação quanto na projeção, é preciso duas imagens para simular os olhos esquerdo e direito e compor uma única imagem. Na televisão 3D são geradas duas imagens simultâneas, que vistas através de uma lente no próprio cristal líquido, fazem com que o cérebro perceba apenas uma única imagem, criando a ilusão da terceira dimensão.

O  futuro vai invadir sua casa.


Os custos ainda são proibitivos e há muito a ser desenvolvido. Segundo especialistas, os efeitos por enquanto só são perceptíveis de maneira convincente em telas maiores do que 50 polegadas. Além disso, não basta ter uma TV em terceira dimensão é preciso que haja conteúdo sendo produzido também para esse formato. E aí entra em cena também a necessidade de popularização do Blu-ray, mídia que dá suporte a essa alta resolução necessária.

Terceira dimensão na palma da sua mão

Depois das TVs os próximos a ganhar telas 3D serão os celulares, players e iPods. Mas se anteriormente dissemos que a percepção do 3D só é eficiente em aparelhos de TV superiores as 30 polegadas, como isso será possível nas pequenas telas dos celulares?

Na tecnologia móvel 3D é você quem fará a diferença. Quanto mais próximo você chegar do aparelho, menor será o campo da sua visão (o espaço entre você e o aparelho), mas seu campo de visão (o espaço que você enxerga) permanece o mesmo.

A ideia não é nova, apenas o seu desenvolvimento é que é. A Sharp lançou em 2003 um modelo 3D no Japão. Equipamentos como esse não fizeram sucesso ainda pelo simples fato que praticamente não há conteúdo disponível nesse formato para os aparelhos. Se você já é usuário do iPhone também pode assistir a vídeos em 3D, mas para isso vai precisar usar óculos especiais.